Uma operação deflagrada na madrugada desta segunda-feira (9), na Paraíba, investiga a manipulação do resultado de jogos no Campeonato Paraibano de Futebol. Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPPB), cumprem em cinco cidades 39 mandados de busca e apreensão. À Operação, foi dada o nome de ‘Cartola’.
Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, manipulação de resultados (crimes do estatuto do torcedor) e por outras condutas sob apuração. Os 39 mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Campina Grande e Cajazeiras. A ação contou com a atuação de 230 policiais civis de diversas cidades da Paraíba.
Entre os locais onde a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão estão propriedades de pessoas ligadas ao Botafogo-PB, clube que conquistou o bicampeonato estadual nesse domingo (9), ao vencer o Campinense por 2 a 0, no Estádio Almeidão, em João Pessoa. As ações aconteceram nas casas do presidente do clube, o ex-vereador Zezinho do Botafogo, e do vice, Breno Morais. Ainda na Capital, foram cumpridos mandados judiciais nas residências do presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Amadeu Rodrigues, e da ex-gestora da entidade, Rosilene Gomes.
O representante do departamento jurídico da FPF, Hilton Souto Maior, negou que a entidade esteja envolvida em qualquer esquema criminoso. “Estamos à disposição da Justiça para colaborar. Não existe isso [desvio de dinheiro e manipulação de resultados]. A Federação prestou contas à Confederação Brasileira de Futebol, inclusive no Ministério dos Esportes, e foi publicado no Diário Oficial da União todo balancete dos anos 2015 e 2016. O de 2017 é prestado agora em 2018. Não tem nada de desvio de dinheiro”, garantiu.
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